Dois corpos em decomposição foram encontrados nesta terça-feira (9), na Zona Rural da cidade de Sapé, na Mata Paraibana. De acordo com a Polícia Civil, os corpos podem ser do casal de idosos desaparecidos desde o dia 18 de agosto, identificados como Nelson e Célia Honorato.
De acordo com a Polícia Civil, os corpos foram encontrados em uma área de mata. Os restos mortais estavam envoltos em cobertores e com cordas ao redor. Os corpos vão passar por perícia para que haja a confirmação que de fato são do casal de idosos desaparecidos.
O caso veio a público no dia 25 de agosto. Dois suspeitos já foram presos, um deles encontrado no interior da Bahia e transferido para a Paraíba.
No dia 22 de agosto, um jovem autista filho do casal foi encontrado ferido em uma área de mata da cidade. À polícia, o jovem disse que foi atacado com golpes de martelo.
O suspeito do desaparecimento do casal e da tentativa de homicídio do filho é Ailton Emanuel, um homem que se apresentava como corretor de imóveis e estava negociando a casa da família. Ele foi preso na cidade de Jaguaquara, na Bahia, na terça-feira (26), e teve a prisão mantida pela Justiça. Após a audiência de custódia, na quarta-feira (27), a transferência para a Paraíba foi autorizada.
Em Sapé, durante o depoimento, o suspeito optou por permanecer em silêncio. A defesa de Ailton diz que ele nega as acusações. Outro suspeito preso confessou ter sido contratado por Ailton para matar o jovem autista, filho do casal desaparecido.
O casal teria assinado uma procuração para o Ailton negociar o imóvel na cidade, intermediando uma negociação com um comprador. A negociação foi feita e o comprador teria dado como parte do pagamento uma caminhonete.
O homem também é alvo do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis da Paraíba (Creci-PB) pela suspeita de exercer irregularmente a profissão de corretor de imóveis em Sapé, na Paraíba. Em nota, o Creci-PB afirmou que uma equipe de fiscalização foi enviada ao município e, após consulta aos sistemas internos do Conselho, foi confirmado que o investigado não possui registro profissional.