Uma rede criminosa especializada em fraudar o sistema previdenciário brasileiro está na mira da Polícia Federal. Na manhã desta terça-feira (10), foi deflagrada mais uma fase da Operação INSANO, que investiga a apresentação de documentos médicos falsos para a obtenção ilegal de benefícios assistenciais do INSS na Paraíba. A ação reforça um alerta nacional sobre os riscos de infiltração de organizações criminosas nas estruturas de proteção social do país.
Batizada de INSANO 3, a operação teve como foco o cumprimento de mandado de busca e apreensão autorizado pela 12ª Vara Federal da Seção Judiciária da Paraíba. O trabalho é fruto de uma ação conjunta entre a Polícia Federal e a Inteligência da Previdência Social, com o objetivo de aprofundar as investigações sobre o uso de laudos e atestados médicos fraudulentos para burlar o sistema de concessão de benefícios.
Segundo os investigadores, intermediários teriam forjado documentos para simular doenças ou incapacidades inexistentes, ludibriando o setor de perícias médicas do INSS e causando prejuízo aos cofres públicos.
As investigações começaram a partir de inconsistências detectadas por técnicos do próprio INSS. “Os dados não batiam. Alguns laudos médicos pareciam padronizados, com erros repetitivos, e chamaram a atenção dos peritos”, revelou uma fonte ligada à Previdência. A partir daí, a Polícia Federal aprofundou a apuração e identificou um grupo criminoso organizado atuando como atravessador entre supostos beneficiários e o sistema previdenciário.
A operação atual é desdobramento de fases anteriores da mesma investigação, que já identificaram múltiplos envolvidos em diferentes cidades do estado.
Os envolvidos poderão responder por estelionato previdenciário (art. 171, §3º do Código Penal), falsidade ideológica (art. 299) e uso de documento falso (art. 304). Os três delitos, somados, podem gerar penas superiores a 15 anos de reclusão, além de multa.

21/06/2025/
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